terça-feira, 1 de junho de 2010

Educação entregue às traças

Hoje foi com muito pesar que saí de meu estágio, realmente cogitando a idéia de chutar o balde. Nas turmas em que estagio numa escola do estado estamos há 3 aulas fazendo o mesmo problema, mas com alguns dados diferentes, mas sempre o mesmo problema. No primeiro ano, estamos há 3 aulas fazendo problemas de calor sensível, em que damos a massa, o calor específico e as temperaturas final e inicial da substância, pedindo para que determinem a quantidade de calor liberado ou absorvido para realizar tal processo. No terceiro ano estamos chegando ao final do segundo bimestre, e a turma está em Lei de Coulomb, tendo visto somente as definições mais básicas de carga elétrica e eletrizações. Basicamente o problema do terceiro ano se resume a determinar a força de repulsão ou atração com duas cargas e a distância entre elas. Há 3 semanas é o mesmo problema. Tentando fugir um pouco, fui tentar retirar seus neurônios desse estado de letargia terminal, pra quê? Queriam reclamar na direção e tudo porque estou pegando pesado, que a professora estava querendo me usar pra reprovar os alunos! Chega a ser inacreditável. Dá vontade de pedir para que o aluno leia o caderno dele das três últimas aulas e perguntar se ele não se sente burro, ou pelo menos insultado por estar fazendo o mesmo problema há 3 aulas. Atualmente, tem escolas em que a única diferença entre alguns alunos e micos de circo é que o mico de circo consegue aprender mais de um truque. Não é à toa que consideram a educação fundamental brasileira como a nona pior da América Latina.

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